As previsões agrícolas, em 31 de dezembro, apontam para uma produção historicamente elevada de azeitona para azeite, ultrapassando as 1,2 milhões de toneladas (+70%, face a 2020), posicionando esta campanha como a mais produtiva dos últimos 80 anos. Esta quantidade extraordinariamente elevada, colhida num período de tempo concentrado, originou uma disrupção na cadeia de transformação, essencialmente devido ao subdimensionamento da capacidade de gestão do bagaço produzido.
Nos cereais de inverno, as áreas semeadas deverão ser semelhantes às da campanha anterior, exceto no centeio (-5%), apesar das cotações internacionais destas commodities (nomeadamente do trigo) estarem a atingir valores superiores aos registados no pico da crise alimentar de 2007-2008. O baixo teor de humidade dos solos no período de sementeira e o aumento do preço dos fatores de produção poderão ter sido determinantes para que os produtores não reagissem a esta tendência altista das cotações com aumentos das áreas.
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